A RUA DOS CATAVENTOS
Da vez primeira em que me assassinaram,Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.Depois, a cada vez que me mataram,Foram levando qualquer coisa minha.
Hoje, dos meu cadáveres eu souO mais desnudo, o que não tem mais nada.Arde um toco de Vela amarelada,Como único bem que me ficou.
Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!Pois dessa mão avaramente aduncaNão haverão de arracar a luz sagrada!
Aves da noite! Asas do horror! Voejai!Que a luz trêmula e triste como um ai,A luz de um morto não se apaga nunca!
Mario Quintana
Nada mais a se dizer, depois que um poema fala, não há mais nada ase dizer...
sábado, 12 de janeiro de 2008
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2 comentários:
É, eu já li este texto de Mário Quintana. Um beijo
Quintana é tdo de bom e do melhor!
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